"Já comeu fruta hoje?" - A eficácia da publicidade...

Será o sucesso de vendas de um determinado produto/alimento resultado das suas qualidades intrínsecas ou da sua publicidade?
Vejamos o caso da publicidade ao Compal Essencial (vencedora do Grande Prémio de Eficácia Publicitária, segundo noticiado pelo jornal DN de 23/11/2007):
- em 7 semanas, colocou as vendas semanais 5 vezes acima do objectivo;
- em 11 semanas, permitiu alcançar uma penetração recorde de 17% no mercado alimentar;
- em 14 semanas, a marca atingiu 87% do objectivo de vendas anual.

Os números dão sem dúvida muito que pensar, não significa que um produto que possui uma excelente publicidade e seja um sucesso de vendas tenha que ser mau ou esconder algo menos bom mas sem dúvida que devemos estar mais atentos quando fazemos as nossas escolhas, pois um sucesso de vendas não significa que seja um excelente produto!

"Obeso teve de pagar dois bilhetes de avião"

Segundo o Diário de Nóticias editado em 23/11/2007, a justiça francesa condenou a Air France e uma agência de viagens a pagar uma indemnização de 8 mil euros a um passageiro que foi obrigado a comprar 2 bilhetes de avião, para um voo entre Nova Deli e Paris em Agosto de 2005, apenas porque pesava 160kg. "O tribunal reconheceu a humilhação sofrida", disse o queixoso, Jean-Jacques Jauffret, para quem a "Air France deverá agora dizer, com clareza, qual é a sua política comercial" e "dizer se é uma companhia que transporta pessoas ou quilos". Jauffret, realizador de 43 anos, apresentou queixa contra a Air France por não cumprimento do contrato. E queixou-se ainda de ter sido humilhado por um funcionário que o mediu à frente dos outros passageiros.

Dia Mundial da Diabetes!

Celebrou-se dia 14 de Novembro o Dia Mundial da Diabetes. Trata-se de uma campanha global de consciencialização e alerta para este problema, que é, em grande parte, uma consequência dos errados hábitos alimentares enraizados nas sociedades.
Este dia foi criado pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a OMS, e celebra-se a 14 de Novembro porque foi nesta dia que nasceu Frederick Bantin, responsável pela descoberta da insulina, em 1921.

O tema deste ano foi "Diabetes em crianças e adolescentes", e o seu objectivo é lutar para que nenhuma criança ou adolescente fique sem tratamento e morra de diabetes.

Esta campanha aborda todos os anos um tema diferente, e é compartilhada por mais de 190 associações de diabetes e de 150 países!

O Governo Português aproveitou este dia para dar uma excelente notícia a todos os diabéticos, ao anunciar a comparticipação a 100% das "armas" terapêuticas de tratamento desta doença, como as bombas infusoras e a insulina de acção lenta.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1310557

Gastamos o que consumimos?

Actualmente é bastante notório a preocupação que as pessoas revelam na relação alimento e suas calorias. Não distante a esse problema, temos a indústria alimentar com poderosas campanhas publicitárias, que apresentam como título atractivo, o contributo calórico do produto alimentar que pretendem vender, muitas das vezes pondo de lado o seu contributo nutricional…
É importante associar sempre a uma alimentação equilibrada, uma ou várias actividades físicas, capazes de compensar a ingestão energética diária.
No sentido de o ajudar a fazer opções saudáveis, propomos que clique nas seguintes frases:

A alimentação e suas calorias;

Gastos energéticos por actividade física.

"Comer bem" é divertido!!

Um outro conceito muito bom de Educação Alimentar, e que se vem desenvolvendo, é dirigido para as futuras vítimas de erros alimentares, as crianças. Baseia-se em manuais on line de educação alimentar, que recorre a inúmeras interacções, onde as crianças podem aprender de uma forma divertida e descontraida. Tem, também, um local para os pais aprenderem e, deste modo, transmitirem as boas práticas alimentares aos seus filhos!

Um bom, exemplo é este site desenvolvido por uma nutricionista brasileira, que sugerimos que visitem...e se divirtam a aprender e brincar sobre alimentação!

http://www.nutrikids.com.br/mundo/capa.html

Educação Alimentar!

Os problemas relacionados com uma má alimentação são cada vez mais uma realidade, e que se vão tornando, a pouco e pouco e silenciosamente, muito preocupantes. Urge, assim, actuar ao nível de uma educação alimentar mais precisa, mais efectiva e eficiente, que transmita conceitos de boas práticas alimentares, quer a pais e formadores, como ás próprias crianças, alvos de uma má alimentação e futuras vítimas deste problema.

É de louvar as iniciativas que grandes empresas começam a tomar a esse nível, como é o caso da Néstlé. Esta marca lançou, há já alguns anos, o "Projecto Educativo Apetece-me", que se baseia numa proposta às escolas para realizarem um projecto de educação alimentar, com a colaboração do Ministério da Saúde e da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. Desde então, esta iniciativa tem sido alargada ás várias escolaridades, e em 2005 concretizou já o apoio a cerca de 7.500 professores e 100 mil alunos do 1.º ciclo na abordagem do tema da alimentação, saúde e bem-estar.

http://www.nestle.pt/CmsPage.aspx?PageIndex=69

Águas ou Refrigerantes disfarçados?

Hoje existem já algumas marcas de águas com características muito diferentes da água a que estávamos habituados (Formas Luso – cientificamente provado que 1l/dia reduz o apetite; Vitalis Elegante com sabor – ajudam a saciar, purifica o organismo, permite melhor absorção do cálcio e magnésio…; Aquafina (lançada pela Pepsi) – remove substâncias que outras águas deixam no seu organismo)
Estas águas tem por isso, segundo as marcas, não só as qualidades indiscutíveis associadas à água bem como a sua importância na nossa vida como ainda trazem características benéficas associadas.
Serão estas realmente melhores que as tradicionais águas? Serão um produto inovador? Trarão realmente as vantagens benéficas que dizem ter?
Vale a pena reflectir sobre a real intenção na criação deste novo tipo de produtos e perguntar: serão realmente água ou refrigerantes disfarçados com objectivo de alcançar novos mercados e mais lucros?

Manteiga ou Margarina??

Basta uma ida ao supermercado, ou uma vista de olhos em alguma da publicidade que passa nas nossas televisões, e podemos ver muita publicidade a diversas marcas de manteigas, margarinas, margarinas cremosas, em que são realçadas diversas qualidades que elas têm como, rica em ómegas 3 e 6 e vitaminas B6, B12 e ácido fólico, alimenta o cérebro.
Um facto curioso prende-se com o facto da publicidade às manteigas ter decrescido e actualmente praticamente não haver. Isto deve-se ao facto de as margarinas cremosas, sobre a qual existe uma maior publicidade, constituírem a melhor alternativa dentro destes produtos uma vez que não possuem gorduras hidrogenadas, terem menos teor de gorduras saturadas, sendo por estas razões menos prejudicial à saúde que as manteigas.

Perturbações alimentares:

A relação entre os meios de comunicação, em geral a publicidade, em particular a moda, é óbvia. De todas estas influências a que assistimos diariamente, e que trouxeram consigo modificações nefastas no quotidiano de muitas pessoas, mais concretamente nos jovens que antigamente tinham como ídolos os desportistas e actores de cinema, têm agora para si mesmo como factor decisivo na sua felicidade a vida de modelo. Isto devido à propaganda enganosa a que assistem diariamente, vendo esses ídolos usufruírem das melhores marcas de roupa, viagens, riqueza, luxo... No entanto, têm consciência que para atingirem esse objectivo têm de se cingir a normas muito rígidas, que vão muito para além do estilo ou elegância, indo ao encontro de certas medidas corporais cuja principal atracção é a magreza extrema.
Tudo isto tem conduzido ao surgimento de uma das principais causas de suicídio e distúrbios alimentares, como a Anorexia.
Nesta perturbação, os dois pontos cardeais são o intenso medo do aumento de peso, e a procura de magreza através de métodos patológicos, como o vómito auto-induzido, os laxantes e os diuréticos, o exercício excessivo e o jejum. Nesta doença, a auto estima do indivíduo depende, em grande parte, da silhueta e do peso.
“A necessidade de perder peso por parte da pessoa anorética, vem da grande vontade de se sentir fisicamente enquadrada nas exigências sociais.”

Negócio ou simpatia?

O que influencia o processo de decisão de escolha e compra de um produto?Será que nos apercebemos que somos alvos bastante influenciáveis neste aspecto?Os fabricantes sabem disso! São inúmeras as vezes que passamos na prateleira de um hipermercado e alguém nos oferece um produto para provar... será só simpatia? Toda esta cascata faz parte de uma estratégia de venda. Ao provar, o consumidor pode gostar do produto, que nunca tinha consumido, e é deste modo incentivado a comprar. São passos muito bem estudados, que visam dar a conhecer o produto, fazer gostar, e, por fim, vende-lo ao consumidor!
É, de facto, enorme o alcance da comunicação no mundo da alimentação!

De pequenino se torce o pepino!

Especialistas em nutrição recomendaram à Comissão Europeia a adopção de legislação que restrinja ou proíba a publicidade a alimentos durante os programas televisivos dedicados às crianças e jovens. Responsáveis de associações de consumidores recordam que as crianças antes dos sete anos não conseguem distinguir entre a publicidade e a ficção televisiva e que, mesmo as mais velhas, são altamente permeáveis aos anúncios. Num estudo realizado no final do ano passado em França ficou demonstrado que 89 por cento dos anúncios a alimentos exibidos antes, durante e depois dos programas de televisão para crianças eram produtos com altos níveis de açúcar e gorduras, que apenas onze por cento eram produtos com benefícios nutricionais.

Também a endocrinologista portuguesa Isabel do Carmo defendeu uma proibição total deste tipo de publicidade na televisão. A médica considerou estar demonstrado que a auto-regulação não tem funcionado e que é necessário criar legislação específica para o efeito.

É, de facto, de extrema importância incutir bons hábitos alimentares nos mais pequenos, previnindo futuros problemas alimentares!

"A guerra dos alimentos!"

Como referido no primeiro post deste blogue, a nutrição humana é um verdadeiro fenómeno, em todas as suas vertentes. Deparamo-nos com centenas de produtos, do mesmo tipo, numa prateleira de supermercado. Qual escolher? Qual o mais saudável? Será o preço sinónimo de qualidade? É neste ponto que confluem inúmeros factores, que são aproveitados até ao máximo pelos fabricantes. Nos dias que correm, o ideal de magreza, por vezes excessiva, está enraizada na maioria das sociedades. É quase certo que um produto que se sustente em anunciar a sua pouca ( ou nenhuma ) quantidade de gordura, associada a uma imagem marcante, geralmente um ideal de saúde, bem estar, felicidade, transmitido por um corpo esbelto que dá forma à campanha publicitária, tem um sucesso quase garantido. Estarão estas empresas interessadas em promover um decréscimo do consumo de gordura? Estarão apenas a ir de encontro a um fim comercial? Ter pouca gordura não significa ter baixo teor em açúcar...Será, pois, um alimento saudável? Há, pois, muitos interesses neste " comércio alimentar", onde quem tem a melhor ideia publicitária é quem vence... ou, citando um provérbio muito antigo, " em terra de cegos, quem tem um olho é rei!"

A pressão da “publicidade cientificamente provada”

O Nutricionista é um meio de comunicação entre a ciência mais actual relacionada com os alimentos e alimentação. A forma como a interpreta e transmite à população alvo é de extrema importância.
A forma como o faz deve ser neutra, actual e o mais informada possível de modo a promover a saúde das pessoas.
No entanto existem casos em que se deixam ir por alimentos que aparentemente resolvem os problemas de saúde das pessoas e cujos resultados foram cientificamente comprovados. Por muito difícil que seja o caminho a percorrer até que o doente entenda que é necessário alterar maus hábitos, o nutricionista não deve sugerir certos alimentos “funcionais” como cura para certos problemas que tem origem nos hábitos alimentares.

IMC, um importante indicador...

O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para calcular obesidade.
Ele foi desenvolvido por Lambert Quételet no fim do século XIX. Trata-se de um método fácil e rápido para a avaliação do nível de gordura de cada pessoa, sendo também um indicador internacional de obesidade adoptado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Pode calcular o seu na fórmula ao lado! Depois é só ganhar coragem...e comparar com os dados da tabela!

Publicidade: Uma série de maus exemplos...

Foi realizado um estudo onde se inferia a influência que os desenhos animados tinham nas crianças, e as conclusões não são nada animadoras. É o caso do famoso Homer Simpson, que entra na casa de milhões de espectadores, e se por um lado os faz rir ás gargalhadas, por outro é um bom exemplo...de maus hábitos alimentares!

http://jn.sapo.pt/2005/12/27/sociedade/desenhos_malanimados_prejudicam_diet.html

Quem escolhe o que comemos?

Quando comemos, as nossas escolhas são afectadas por vários factores, como as condições socioeconómicas, cultura, religião, família, grupo de amigos.
Actualmente estão identificadas duas correntes, a funcionalista e a estruturalista, que têm por objectivo, classificar as nossas escolhas alimentares, bem como o próprio produto alimentar, as quais estão associadas fortes campanhas publicitárias, cuja função é levar a pessoa a consumir um determinado alimento.
Na corrente funcionalista, o consumidor escolhe o seu produto, tendo em conta o efeito que este terá na sua saúde.
Na corrente estruturalista, estão associados ao alimento outros factores, como a beleza, a sedução, a força, a diversão.

Há no entanto, produtos alimentares, que juntam estas duas correntes, havendo entre elas uma interacção dinâmica, sendo a publicidade o principal meio para dar a conhecer ás pessoas a ligação de um produto alimentar saudável, com a força, beleza, agilidade.

Porque será que se comunica tanto sobre alimentação ?

A alimentação mundial é, actualmente, um fenómeno que vai muito além do acto básico de comer. É um puzzle que engloba inúmeras peças, desde a simples disponibilidade de alimentos para toda a gente, até à complexa maquinaria de venda de alimentos, que a todos nos integra.
É bom e rentável falar muito sobre alimentação. É bom porque quem ganha é a saúde da população, dado haver maior informação, mais conhecimento, maior intervenção e preocupação a nível alimentar. Desde os primórdios que o Homem interveio a este nível: desenvolveu métodos de cozinhar alimentos, mudou várias vezes o regime alimentar consoante as varias necessidades. A alimentação é o sustento do Homem. Tudo começa no simples acto de consumir alimentos. Nós somos o que comemos! É também muito rentável. É, talvez, o produto que mais vende para as empresas de marketing, que descobrem infinitas ideias de fazer chegar o produto ao consumidor. Ao caminhar na rua, damos conta de inúmeras publicidades que nos dão um rol de razões para comprar esse produto, o que nos exije a necessidade de adquirir competências e conhecimento para filtrar informação, para escolher o melhor alimento, o mais saudável. E assim voltamos ao inicio, onde é bom que se fale sobre alimentação! É um circulo que está enraizado na nossa cultura, e que irá ser sempre o maior prazer do Homem!